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Criança ansiosa: 4 comportamentos que indicam se seu filho está ansioso
Publicado em 16 de fevereiro de 2022Atualizado em 08 de setembro de 2022.
Caracterizada pelo sentimento de mal-estar, preocupação intensa e emoções incômodas, como insegurança em relação ao futuro e medo excessivo, a ansiedade costuma ser uma velha conhecida do adultos, mas atinge cada vez mais pessoas de outras faixas etárias.
É comum que, nos nossos círculos sociais, ela seja tema de muitas das nossas conversas cotidianas, o motivo de afastamento médico ou até a piora de alguma condição de saúde preexistente.
A ansiedade em si não é uma doença: é uma emoção que faz parte da vida, mas é preciso atentar para algumas questões. É normal que, diante de situações que envolvam novos desafios, novas demandas, fiquemos ansiosos. No entanto, depois que as situações que nos colocaram nesse estado passam, o mal-estar também tende a acabar.
Quando esses sentimentos se tornam frequentes, obsessivos e persistentes, é necessário ficar alerta, pois estar frequentemente ansioso pode desencadear uma série de sintomas físicos, como suor excessivo, dores de cabeça, queda de cabelo, respiração acelerada, ofegante, taquicardia, dentre outros sinais, que tendem a se tornar incapacitantes.
Além disso, para se livrar da sensação de perigo iminente causada pela ansiedade, a pessoa ansiosa costuma criar hábitos para se defender. Nesses contextos, surgem, muitas vezes, transtornos alimentares, alcoolismo, abuso de drogas ou comportamentos obsessivos.
Por ser um dos problemas que mais afetam a população atualmente, há uma crescente atenção em torno do tema e de como ele afeta os adultos, mas pouco se fala sobre a ansiedade infantil.
Você deve se perguntar: “Mas existem crianças ansiosas?”, e a resposta será: sim. As crianças também podem ficar ansiosas e demonstram isso do modo como conseguem, com o repertório e o comportamento que já conhecem.
A infância é uma fase importante de socialização, de reconhecimento do mundo, do próprio corpo, das diferenças que constituem a existência singular de cada um. Tanta novidade vivida ao mesmo tempo pode ser fonte geradora de ansiedade, sim.
Como pais, responsáveis e profissionais da educação, é preciso ler as mensagens que as crianças transmitem para saber como e quando intervir – sempre com ajuda profissional – pois ignorá-las pode trazer consequências negativas para os pequenos que sofrem com o problema.
Quer saber como identificar indícios de ansiedade nas crianças? Nós do Poliedro Colégio preparamos um artigo que vai te ajudar a identificar os principais comportamentos que podem indicar ansiedade infantil. Acompanhe a leitura!
1- Mudanças repentinas de comportamento
As mudanças de comportamento das crianças geralmente são um indicativo de que algo está acontecendo. Observe se o seu filho está mais choroso que o normal ou se parece mais irritado ou agressivo. Qualquer alteração deve ser encarada como um sinal de alerta.
Evite atribuir essas mudanças à “birra”, “frescura” etc. Tente, sempre que possível, perguntar o motivo da irritação e do choro acolhendo o sentimento da criança sem tentar diminuí-lo.
2- Pesadelos frequentes
Muitas vezes, a criança não consegue elaborar uma resposta a um incômodo ou sentimento, por isso pode começar a ter pesadelos como uma forma de significar um acontecimento negativo. Isso gera medo e, consequentemente, pode causar ansiedade na hora de dormir.
Se isso acontecer, pode ser que ela comece a chorar na hora de ir para a cama. Verifique também se seu filho insiste em ver televisão ou mexer em dispositivos eletrônicos como forma de adiar o sono. Ainda é comum que, em busca de proteção, passem a querer dormir com os pais ou responsáveis para não ficarem sozinhos.
Para lidar com isso, tente primeiro saber qual acontecimento tem engatilhado os pesadelos e incentive a criança a falar ou a desenhar. Falar sobre o medo, repeti-lo, faz com que ele se torne menos poderoso e perca o sentido. Além disso, você pode demonstrar que estará ali para protegê-la de qualquer coisa.
3- Comer de forma compulsiva e desenfreada
A compulsão alimentar é um comportamento comum em adultos ansiosos, mas pode aparecer também nas crianças.
Do mesmo modo que as mudanças repentinas de comportamento podem ser desencadeadas pela ansiedade, as alterações nos padrões alimentares, também. Mantenha-se vigilante caso a criança comece a comer muito depressa e em grandes quantidades ou manifeste desejo desenfreado por doces.
Em situações como essas, o melhor caminho para tentar compreender o motivo desse comportamento está no diálogo aberto, e não na punição ou nas proibições. Proibir sem entender pode, inclusive, ampliar o comportamento compulsivo.
4- Retorno à fase anterior de desenvolvimento
Outro sinal que alerta para a possível ansiedade nas crianças é a retomada de hábitos já abandonados, tais como: chupar chupeta, fazer xixi na cama e pedir para voltar a mamar.
Pedidos como esses são comuns, por exemplo, quando nasce um bebê na família. Isso faz com que a criança se sinta desamparada e com medo de perder a predileção e o cuidado dos pais e dos cuidadores.
Quais as causas possíveis da ansiedade infantil?
A ansiedade é geralmente desencadeada por algum acontecimento ou mudança vivenciada pela criança. É interessante ainda atentar-se para as seguintes questões:
- Fatores genéticos;
- Acontecimentos traumáticos, como violências de qualquer tipo, acidentes etc.;
- Perda de algum amigo, ente querido ou animal de estimação.
Se a criança manifestar um ou mais comportamentos descritos acima, busque sempre acolher os seus medos e frustrações, converse e procure saber o motivo que engatilha a ansiedade. Se necessário, acione ajuda profissional.
Nós também podemos te ajudar nisso. Caso note alguma mudança de comportamento, procure os professores da criança para saber se algo diferente tem acontecido em sala de aula.
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