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Metodologia de ensino: qual é a ideal para o seu filho?
Publicado em 14 de setembro de 2022Atualizado em 21 de setembro de 2022.
A escola ideal é aquela que oferece estrutura, ferramentas e abordagens de ensino que possibilitam o desenvolvimento pleno de habilidades cognitivas e socioemocionais das crianças e dos adolescentes, com dinâmicas e metodologia de ensino tanto alinhadas às necessidades dos estudantes como articuladas às mudanças do mundo.
A partir dessa perspectiva, o ambiente escolar, tão importante para a nossa educação formal, deve ter práticas com a finalidade de promover a formação integral do estudante, preparando-o para exercer sua cidadania de forma independente, como autor da sua jornada e realidade.
Para saber se a escola do seu filho oferece a ele uma formação como a descrita, é preciso conhecer quais as perspectivas pedagógicas e metodológicas adotadas pela instituição, pois são elas as responsáveis por conduzir o processo de ensino e aprendizagem. Por isso, o Poliedro preparou um texto para te apresentar algumas das metodologias de ensino mais comuns nas salas de aula brasileiras.
Leia o texto completo e saiba mais!
O que é metodologia de ensino?
As metodologias de ensino são todos os conjuntos de práticas, métodos e técnicas que orientam a preparação e execução de uma aula, com o objetivo de tornar o processo de ensino e aprendizagem abrangente e proveitoso para os estudantes.
Nos dias de hoje, existem várias abordagens metodológicas, ou seja, o professor pode dispor de recursos e caminhos diversos para construir sua aula. Cada abordagem de ensino possui embasamento teórico e objetivos próprios e deve ser aplicada de acordo com as demandas apresentadas no espaço educacional.
Confira abaixo algumas das metodologias mais comuns nas salas de aula brasileiras:
Metodologia tradicional
A metodologia tradicional considera o professor como a figura máxima do saber e da autoridade. Em uma aula baseada nos preceitos dessa metodologia, o docente é o portador e o enunciador do conhecimento, enquanto os estudantes são apenas ouvintes.
Nessa abordagem, é comum que as aulas ministradas pelo professor sejam expositivas e organizadas a partir de materiais padronizados, como livros e apostilas. Nesse contexto, os estudantes não só devem assimilar e memorizar todos os conteúdos ensinados em sala de aula, mas também são estimulados a revisá-los.
No ensino tradicional, os educandos são avaliados de maneira quantitativa, isto é, atribui-se notas às atividades e avaliações de acordo com o desempenho de cada discente. A partir dessas ferramentas de avaliação, o professor verifica se a aprendizagem de fato aconteceu. Caso o rendimento seja abaixo do esperado, os estudantes geralmente podem realizar trabalhos de recuperação.
Essa metodologia ainda está presente na maioria das salas de aula brasileiras, e muitos alunos se identificam com algumas finalidades específicas dessa abordagem, como no processo de preparação para os vestibulares, concursos públicos e testes de proficiência.
Metodologia sociointeracionista
A metodologia sociointeracionista é uma vertente do ensino tradicional que considera que o conhecimento dos indivíduos deve ser construído através da sua interação com o mundo, com outras pessoas, outras culturas, com o contexto sócio-histórico etc. Por isso, em sala de aula, os estudantes são incentivados a realizar trabalhos em grupo e a compartilhar seus conhecimentos com os colegas.
O professor, nesse contexto, é o condutor do processo de ensino-aprendizagem, exercendo função de mediador. Nesse caso, a avaliação ocorre, geralmente, de forma processual, de acordo com o desempenho do estudante em todas as etapas de ensino propostas em sala de aula.
Essa abordagem proporciona ao estudante: o desenvolvimento dos conhecimentos curriculares, de habilidades socioemocionais, da empatia, da autonomia, da capacidade de escuta e de liderança.
Metodologia construtivista
De acordo com a metodologia de ensino construtivista, o professor não é o centro do processo de ensino-aprendizagem, o docente desempenha o papel de facilitador entre o conhecimento e o estudante. Ou seja, o educador deve oferecer aos educandos os recursos necessários para que estes aprendam determinado conteúdo.
Nessa abordagem, o estudante é incentivado a ter senso-crítico e a compartilhar as próprias experiências. Assim, a aula é planejada levando em consideração os conhecimentos prévios, as habilidades e as características individuais dos discentes, de modo que seja possível estabelecer relações entre os conteúdos curriculares e os saberes adquiridos fora dos muros da escola.
Essa é uma metodologia que impulsiona a autonomia de crianças e de jovens e pode ser bastante favorável para aqueles que precisam vencer a timidez e aprender tanto a articular os conhecimentos como a expor as próprias ideias.
Metodologia ativa
A metodologia de ensino ativa (saiba mais) tornou-se uma escolha frequente das instituições de ensino e dos profissionais da educação nos últimos anos. Essa é uma abordagem alinhada às demandas contemporâneas, sobretudo ao contexto de avanço tecnológico. Nela, os professores e os estudantes não desempenham papéis hierarquizados, em que apenas o docente é detentor do saber, pois entende-se que o discente deve ser o centro do processo de ensino e aprendizagem.
Essa metodologia considera que o acesso ao conhecimento e a consolidação dos saberes devem ser empreendidos de forma ativa, a partir de estratégias que possibilitem ao estudante discutir os temas das aulas, praticar (por meio de exercícios de fixação, por exemplo) a matéria e ensinar (a outros colegas) os conteúdos curriculares para, assim, aprendê-los efetivamente. Além disso, nesse tipo de metodologia, é comum que as tecnologias – como jogos, mecanismos de pesquisas, ensino híbrido etc. – sejam ferramentas mobilizadas com o objetivo de incentivar maior autonomia e participação dos estudantes.
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A implementação de uma perspectiva de ensino ativa pode propiciar aos jovens ferramentas que os ajudem a solucionar problemas, desenvolver maior criatividade, criticidade, autonomia e autoestima dentro e fora da sala de aula.
Existe metodologia de ensino ideal?
As quatro propostas metodológicas expostas apresentam, de acordo com os objetivos de cada uma, suas contribuições para o processo de ensino-aprendizagem, pois mobilizam formas diversas de aprender. No entanto, a escolha de uma (ou mais) abordagem deve considerar o público ao qual se destina e a finalidade de cada aula.
Mas, afinal, qual a melhor metodologia de ensino para o seu filho?
De forma geral, o ensino e a aprendizagem tendem a ser mais amplos, instigantes e complexos quando se adota perspectivas metodológicas em que:
- O estudante é o centro do processo de aprendizagem;
- As aulas e avaliações são diversificadas;
- A individualidade e o ritmo de aprendizagem são respeitados;
- A autonomia das crianças e dos adolescentes é fomentada;
- O ensino não se limita ao currículo tradicional;
- Os estudantes têm a possibilidade de vivenciar fenômenos e conceitos na prática;
- As habilidades socioemocionais e o pensamento crítico são desenvolvidas;
- A educação escolar amplia os horizontes e orienta para a vida;
- Os estudantes desenvolvem e têm contato com recursos tecnológicos que facilitam a aprendizagem e promovem a autonomia.
No Poliedro Colégio, o ensino é pensado a partir das singularidades e demandas dos nossos estudantes, pois entendemos que cada um aprende de um jeito. Visite o nosso site e conheça mais sobre a nossa história!